Energia Eólica off-shore

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Apoios nacionais

 

Portugal segue a Estratégia Industrial para as Energias Renováveis Oceânicas (EI-ERO) e o respetivo Plano de Ação (Resolução do Conselho de Ministros nº 174/2017). O objetivo da estratégia consiste em “exportar tecnologias energéticas oceânicas inovadoras”, “criar valor dominando a propriedade intelectual” e “criar emprego altamente qualificado”. A EI-ERO assume dois eixos de atuação: “estimular a exportação e investimento de valor acrescentado” e “capacitar a indústria diminuindo os riscos”. O Plano de Ação preconiza três linhas de atuação: “estimular a I&D e inovação industrial de valor acrescentado”, “criar apoios para acelerar as exportações de energias oceânicas através do reforço da capacidade empresarial nacional, via atração de investimento privado, simplificação administrativa e do apoio ao fomento de produtos e serviços inovadores” e “realização de iniciativas de Investor Intelligence para as energias renováveis oceânicas”.

 

Em linha com as orientações da EI-ERO, Portugal dispõe de duas zonas de teste para dispositivos de produção de eletricidade no mar, em que as caraterísticas de batimetria, solo e recurso foram estudadas e são disponibilizadas aos utilizadores. Nestas zonas o impacto ambiental da instalação de dispositivos está parcialmente estudado, facilitando o licenciamento.

 

Uma delas, designada Aguçadoura Ocean Lab for Future Technologies, situa-se ao largo da praia da Aguçadoura, numa região marítima com 45 m de profundidade e 3,3 km2 de área, e destina-se a tecnologias em desenvolvimento. A eletricidade gerada pelos dispositivos pode ser injetada na rede de distribuição elétrica através de um cabo submarino, com 4 MW de capacidade e 5 km de comprimento, e de uma sub-estação em terra. Neste local esteve a turbina eólica do projeto WindFloat Demo.

 

A outra, designada Zona Piloto de Viana do Castelo, situa-se ao largo desta cidade, numa região com cerca de 11 km2 de área e profundidade entre 85 e 100 m. Dispõe de um cabo submarino de 40 MW, com 17 km de comprimento e sub-estação em terra, e destina-se à demonstração de tecnologias que procuram entrar ou já estão na fase de comercialização. Neste local estão instaladas as turbinas eólicas do projeto WindFloat Atlantic.

 

A Zona Piloto de Viana de Castelo sucede à Zona Piloto definida ao largo de São Pedro de Moel, entre a Figueira da Foz e a Nazaré, com 320 km2 de área, sem infraestrutura de ligação elétrica à rede, criada em 2008 através do Decreto-Lei nº 5/2008.

 

Também contribuindo favoravelmente para o licenciamento, simplificando a atribuição do Título de Utilização Privada do Espaço Marítimo (TUPEM), Portugal dispõe de um Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional (PSOEM), aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros nº 203-A/2019, que engloba as energias renováveis entre os usos e atividades considerados.

 

A 13 de outubro de 2010 foi publicado o Decreto-Lei n.º 108/2010, alterado pelo Decreto-Lei n.º 201/2012, de 27 agosto, pelo Decreto-Lei n.º 136/2013, de 7 de outubro, e pelo Decreto-Lei n.º 143/2015, 31 de julho, que transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva-Quadro Estratégia Marinha (DQEM), a qual estabelece o regime jurídico das medidas necessárias para garantir o bom estado ambiental das águas marinhas nacionais até 2020. Nesta diretiva consideram-se as atividades de “implementação e operação de parques para aproveitamento da energia renovável marinha (ondas, marés e vento)".

 

Em 2021 foram publicados a Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 e respetivo Plano de Ação (Resolução do Conselho de Ministros nºs 68/2021 e 120/2021), no qual a Área de Intervenção Prioritária designada ‘Energias renováveis oceânicas’ é um dos contributos para cumprir os dez Objetivos Estratégicos considerados, entre os quais ‘combater as alterações climáticas e a poluição e proteger e restaurar os ecossistemas’, ‘descarbonizar a economia e promover as energias renováveis e autonomia energética’, ‘fomentar emprego e uma Economia Azul circular e sustentável’ e ‘estimular o conhecimento científico, desenvolvimento tecnológico e inovação azul’.  

 

Como entidade que promove o licenciamento de centrais de produção de eletricidade, a DGEG tem contribuído significativamente para a simplificação administrativa do processo.

 

A DGEG participa no Grupo de Trabalho de Implementação do SET Plan que foca a energia eólica off-shore. Este grupo desenvolve a sua atividade no sentido de estimular a implementação dos objetivos propostos para o setor a nível europeu.

 

No contexto destes trabalhos, a DGEG identificou um conjunto de projetos de investigação e desenvolvimento com participação de entidades portuguesas e relacionados com diversos domínios da energia eólica off-shore, em consórcios nacionais ou internacionais, conforme mostra o gráfico seguinte (atualizado em setembro 2023).